Francisco César reivindica reforço da PSP ao Governo para garantir segurança dos açorianos

PS Açores - Há 6 horas

O deputado socialista e líder do PS Açores, Francisco César, questionou esta quinta-feira o Governo da República quanto ao incumprimento do compromisso assumido de reforçar o Comando Regional da PSP nos Açores, alertando que as forças de segurança e os açorianos continuam à espera de respostas concretas.

“Nos últimos meses, o Governo assumiu publicamente compromissos claros relativamente ao reforço do Comando Regional da PSP nos Açores, compromisso esse reafirmado em diversas ocasiões”, recordou Francisco César, no decorrer da audição à Ministra da Administração Interna, no âmbito da audição na especialidade do Orçamento do Estado para 2026.

Sublinhando que “em fevereiro de 2025, durante uma deslocação a Ponta Delgada, foi anunciado o reforço de 70 novos agentes na Região”, Francisco César recordou que a responsável pela tutela reconheceu, posteriormente, a existência de um défice de 249 efetivos. No entanto, e conforme destacou, “foram colocados apenas 20 novos agentes nos Açores, no âmbito do Procedimento Extraordinário de Colocação por Oferecimento”.

Durante a audição, o socialista sublinhou que, quer o Sindicato Independente de Agentes de Polícia como o SINAPOL/Açores, “já expressaram publicamente a sua desilusão perante o não cumprimento da promessa feita pelo Governo, promessa essa que foi entendida como um compromisso sério, tanto pelas forças policiais como pela população açoriana”, referiu o líder socialista.

A esse propósito, Francisco César questionou o Ministério sobre as medidas concretas e os prazos para assegurar o aumento efetivo do número de agentes nos Açores, bem como sobre as limitações de recursos que têm impedido o cumprimento da promessa feita.

Na ocasião, o socialista abordou, também, a execução das obras de requalificação das esquadras da PSP, em particular as da Ribeira Grande e da ilha do Corvo, para questionar sobre o ponto de situação.

“No caso do Corvo, o imóvel adquirido ainda por um governo socialista, por mais de 250 mil euros, continua fechado e sem qualquer intervenção”, denunciou o socialista, para salientar, ainda, que “enquanto o edifício permanece inutilizado, o Estado continua a pagar aluguer de apartamentos para alojamento dos agentes, que trabalham em condições indignas e sem as mínimas condições de habitabilidade”.